Há aproximadamente 100 anos, o rádio faz parte do cotidiano dos brasileiros, ofertando companheirismo, diversão e notícias. O tempo passou, mas o rádio continua sendo um dos meios de comunicação mais populares do mundo, superando as gerações de streaming e redes sociais. Um dos segredos pode ser a facilidade de acesso que faz com que o rádio seja o meio de comunicação mais abrangente em território nacional, podendo ser ouvido tanto pelo velho aparelho radiofônico, como pelo sinal digital transmitido via internet, através do celular e outros aparelhos portáteis com funcionalidade semelhante.
O alcance do rádio consegue atingir o público-alvo com eficácia, confiança, segurança e confiabilidade, levando para o ouvinte informação, utilidade pública e parceria para todas as horas.
Não é preciso muita coisa para ouvir rádio, hoje em dia praticamente todos os celulares tem conexão com à internet e consegue facilmente acessar uma rádio, seja através de um aplicativo específico ou do próprio site da emissora. Com o avanço da tecnologia, hoje é possível acompanhar as transmissões e também interagir com a mesma enviando recados e pedindo músicas através de um simples aplicativo instalado em seu celular.
Além de conteúdos musicais e informativos, o rádio também conta com muitos programas populares de teor humorístico e de variedades que deixa o dia mais leve e descontraído. Uma dona de casa, por exemplo, pode arrumar a cozinha enquanto ouve seu programa favorito, diminuindo o peso da labuta do cotidiano e aumentando sua conexão com essa importante ferramenta de comunicação.
Os motivos que levam as pessoas a ouvir o rádio e tê-lo como companhia diária são vários, mas podemos destacar alguns como; é gratuito; toca as músicas favoritas a pedido do ouvinte; faz companhia; tem notícias; descontração; assuntos locais; informações de emergência; entrevistas e principalmente prêmios, elementos estes que faz do rádio uma paixão nacional.
Desde criança tenho o hábito de acordar ao amanhecer e ligar o rádio, as lembranças mais fortes são dos programas com características rurais. Alguns com sonoplastia com cantos de galo, relinchar de cavalos e ainda com o locutor chamando os ouvintes de comadres e compadres, além de tocar as “modas caipiras” que marcaram época. Hoje são poucos os programas que preservam essa essência, porém os resistentes ainda nos brindam com algumas atrações com característica “raiz”.
Em tempos de outrora, recordo com saudosismo a época em que escrevíamos cartas para os programas de rádio e oferecíamos músicas para homenagear pessoas queridas em datas comemorativas, como dia das mães e aniversário. A ansiedade era grande para ouvirmos o locutor pronunciar o nome do remetente e do homenageado. As vezes quando a cidade era de poucos habitantes, o nome citado pelo radialista virava até celebridade. Aliás, em alguns lugares, situações semelhantes acontecem até hoje.
Costumo dizer que gosto de rádio porque é dinâmico, e fico atualizado o tempo todo com os acontecimentos contemporâneos, além de fortalecer minha memória afetiva dos bons momentos da infância, principalmente quando lembro da minha saudosa avó acordando cedo e ligando seu pequeno rádio a pilha para ouvir as famosas cantigas caipiras, enquanto fervia a água no fogão a lenha para fazer o café ou varria o quintal. Por tudo isso, desejo vida longa a esse meio de comunicação que resiste e se renova o tempo todo, sem perder a sua essência. Espero que o rádio siga alcançando cada vez mais ouvintes. Que continue impactando vidas e sendo a companhia nos dias de solidão, além de dar asas à imaginação, à cultura e ao conhecimento. Parabéns a todos que fazem do rádio uma presença constante na nossa rotina e contribuem para que o dia seja mais leve e feliz.
Dick York uma vez expressou uma frase muito marcante que dizia: “A Rádio permitiu que as pessoas agissem com seus corações e mentes”.
Até a próxima!
Wantuyr Tartari