A hipocrisia faz parte do mundo das mais diversas maneiras, sendo mais comum em atitudes de simular comportamentos e crenças em favor da virtude, mas não as seguir.
Sob determinada máscara de fingimento, uma pessoa cria personagens para se blindar moralmente. Ao mesmo tempo em que acoberta uma ideia, a contrapõe, julgando os outros pelo que ele mesmo faz, ou seja, uma pessoa é considerada hipócrita quando demonstra uma coisa, mas na realidade, pensa e sente de maneira totalmente diferente.
Os indivíduos que agem com hipocrisia costumam atuar dessa maneira, porque percebem que precisam construir determinada identidade a fim de obterem certos privilégios e visibilidade com relação aos demais.
Para que vocês entendam melhor o contexto, um verdadeiro circo da hipocrisia foi montado essa semana durante acalorado debate em uma instituição onde ao invés de jogo, deveria existir propostas e soluções. Duas personalidades mais que conhecidas por suas atitudes agressivas e “destemperadas”, mais uma vez se esforçaram para roubar a cena e enganar o público da pequena e bela cidade do pôr do sol mais bonito do Brasil. Quiçá se os comportamentos de tais indivíduos fossem tão lindos quanto o pôr do sol que tanto sua gente se orgulha.
Em uma situação para lá de bizarra, uma pessoa propõe a redução do salário de um grupo ao qual o mesmo faz parte, embora tivesse conhecimento que para ter sua proposta aceita, precisaria de apoio. Sabendo que a maioria jamais concordaria com tal jogo, ao final, ele sairia como o grande mártir, que teria lutado pelo que julga correto. Porém, a proposta só foi levada a diante pelo cidadão, porque no final das contas, ele tinha certeza do desfecho, e que seu bolso não seria afetado. Já os que votariam contra, estariam na lista negra da plateia.
A repercussão do assunto tomou uma proporção tão grande que até um desafio foi feito para formalizar o “desejo” dos proponentes, sendo provocados a registrarem em cartório suas desistências do salário, e em troca teriam o apoio necessário para que a proposta de redução fosse analisada pelos pares, já que “acham um absurdo” o que o grupo recebe para atuar em prol do coletivo.
Acredita-se que o espetáculo ainda terá novos desfechos, considerando-se que a última discussão foi encerrada com direito a gritos, lamentações, empoderamento e beijinho no ombro.
Quem sabe, se pelo menos dois, dos três “mais preocupados” com a moralidade e transparência dos serviços, dedicassem um pouco do seu tempo para estudar, aprender falar e escrever melhor, estariam assim, contribuindo com a construção de uma imagem mais séria do município? Haja vista, que uma vez por semana os três ineptos se apresentam em ato semelhante a uma encenação circense, expondo a cidade muitas vezes em situações vexatórias!
Jacinto Benavente y Martinez, parecia estar tão saturado com a hipocrisia humana, que uma vez disse: “Às vezes procura-se parecer melhor do que se é. Outras vezes, procura-se parecer pior. Hipocrisia por hipocrisia, prefiro a segunda”.
Até a próxima!
Wantuyr Tartari