Era uma vez, um reino muito distante dos grandes centros chamado Kiddah, o lugar era habitado por pessoas de todos os tipos. Havia gente simpática, engraçada, reclamona, otimista, dedicada, trabalhadora, mas também existia muita, mais muita gente invejosa e pessimista, que por mais que o reino fosse lindo e encantador, sempre encontravam motivos para desmerecer o local e as pessoas que realmente amavam aquela terra.
Como todo reino que se preze, havia uma rainha, repleta de boas intenções, que comandava de forma implacável aquele império. Ela sempre muito justa, fazia tudo que estava ao seu alcance para favorecer a coletividade, mas nem sempre conseguia agradar a todos. A rainha tinha uma equipe empenhada em fazer o melhor, claro que cada um com suas características próprias, uns ajudavam mais, outros menos, alguns não se esforçavam em colaborar com o outro, e assim ela conduzia aquele reino.
O povoado era repleto de particularidades, existia o grupo dos colonos, lavradores, pescadores, membros da realeza, comerciantes e muitos outros. A fonte e a igreja na praça central eram uma referência de localização para os moradores e visitantes. As badaladas do sino da igreja era um patrimônio do lugar, embora incomodassem algumas carolas, mas para outros, aquele som era como um patrimônio sentimental que marcou gerações. A única unanimidade entre os súditos era o potencial aquático da região, onde muitos conseguiam sua subsistência.
O clima bucólico era um charme da localidade. Nas alvoradas de cada dia, existia uma carroça que entregava pães nas casas pouco antes do amanhecer. Em seguida outra carroça passava com os tambores de leite. Os comunicados oficiais eram feitos através de um alto falante que funcionava como uma rádio dos tempos modernos. O locutor realizava concursos musicais entre os súditos, informava sobre os novos decretos e avisava sobre os falecimentos.
Era comum nas madrugadas, próximo ao amanhecer, encontrarmos algumas concentrações de pessoas em determinados pontos, aguardando a locomoção para irem para a lavoura. Nesse período algumas senhoras já estavam com suas vassouras varrendo o entorno das simples e acolhedoras residências.
Como em quase toda história, a vida no reino também tinha suas desvantagens, pois a rainha não contava com a maioria absoluta das lideranças para comandar. Existia entre os membros do parlamento imperial, um trio de canastrões medíocres que tentava a todo custo atrapalhar aquele reinado. Tudo por interesses individuais, mesquinhos e politiqueiros. Naquela época era comum essa prática que podemos considerar o que hoje seria os chamados “esquemas”. O trio tinha atributos semelhantes entre eles, eram pobres intelectualmente e “cômicos” ao mesmo tempo, devido à falta de preparo para a função,características visíveis durante as argumentações usadas para tentar confundir os súditos. Dois não sabiam falar corretamente e nem se esforçavam para melhorar, já o terceiro membro tentava transparecer uma imagem de pessoa boa e preparada, mas vivia cometendo gafes e disseminando maldade de forma maquiavélica. Que pena, um reino tão lindo contar com pessoas tão “pobres” de sentimentos e atitudes. Mesmo assim, a rainha e sua equipe trabalhavam incansavelmente com os recursos e ferramentas que tinham em mãos para desenvolver cada vez mais aquele lugar que contava com inúmeras pessoas de bom coração.
Apesar do jogo manipulado que uns poucos faziam pensando em benefícios próprios, a rainha e sua corte continuavam a trabalhar pelos que mereciam, e conforme o tempo passava, aquele reino ficava ainda mais lindo e imponente. Com isso, pode-se concluir que em qualquer época e local existem pessoas boas e ruins, e que o amor e o trabalho sempre vencem as tramas obscuras. Silvio Bueno expressou de maneira clara essa realidade, quando disse: “A diferença entre heróis e vilões, são apenas os objetivos”.
Viva o reino de Kiddah!
Até a próxima!
Wantuyr Tartari